Aspects of militarization and coastal defence in the Garb al-Ândalus: the case of Cascais

Authors

  • Marco Oliveira Borges Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.53351/ruhm.v6i11.246

Keywords:

Garb al-Ândalus, district of Lisbon, Militarization, Coastal defense, Cascais

Abstract

 Between the 8th and the 12th centuries the territory of the current municipality of Cascais played an important role on the coastal defence system of the Garb al-Andalus. Being part of the Western maritime area of the district (kura) of Lisbon, this territory was endowed with defensive and alarm structures engaged in a system that would gain its shape from the coast of Sintra, and at the same time its port and local anchorages helped support the maritime and military activities. Using an interdisciplinary methodology that brings together historical and archaeological data, the geographical recognition of the territory and the study of toponymy, we bring a further contribution that systematizes the information available and is part of spatially more expanded investigations that have been developed. In fact, these ongoing investigations have highlighted the Sintra-Cascais geographical complex, bringing new perspectives and a reinterpretation on the Islamic occupation of this area. The coast of the present municipality of Cascais extends between the port of Touro and Carcavelos, being endowed with a very rich maritime cultural landscape that has also been exploited in the scope of underwater archaeology. The port of Touro, flanked by the archaeological site of the Espigão das Ruivas, was also used by Muslims, although it is still unclear in which context. From this location to Carcavelos there are some toponyms that may be associated with the Islamic past and maritime and defensive activities, so they will also be our focus. Recently, even the place name Cascais has been related to the former Islamic presence of this area, and this is a subject that needs to be further explored. Finally, we will approach the port of Cascais and its adjacent area, which is known for a fact to have had human occupation ever sincethe Roman Period. Given its strategic position for navigation and its proximity to Lisbon, it is very likely that it was already permanently occupied and provided with a fortification during the Islamic period. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Marco Oliveira Borges, Universidade de Lisboa

    Marco Oliveira Borges é investigador associado do Centro de História e do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, bem como membro correspondente da Academia de Marinha. É bolseiro de Doutoramento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (SFRH/BD/52282/2013), estando a desenvolver uma tese no âmbito do Programa Inter-Universitário de Doutoramento em História, Mudança e Continuidade num Mundo Global (PIUDHist). A sua investigação principal incide nas temáticas relativas aos Descobrimentos e à Expansão Europeia dos séculos XV-XVII. Tem-se dedicado igualmente ao estudo dos portos e ancoradouros do litoral de Sintra-Cascais entre a Antiguidade e a Idade Moderna, bem como ao estudo da defesa costeira no distrito (kura) de Lisboa durante o Período Islâmico. 

References

Fontes

ABENALCOTÍA: Historia de la conquista de España de Abenalcotía el Cordobés. Seguida de fragmentos históricos de Abencotaiba, etc, Madrid, Tipografía de la Revista de Archivos, 1926.

AL-HIMYARI: Kitab ar-Rawd al-Mi’tar, Valencia, Anubar, 1963.

António Borges COELHO: Portugal na Espanha Árabe, 3.ª ed. rev., Lisboa, Editorial Caminho, 2008.

ANTT: Chancelaria de D. Dinis, liv. I, fls. 46v-47.

ANTT: Chancelaria de D. Fernando, liv. 1, fl. 56.

Fátima ROLDÁN CASTRO: El Occidente de Al-Andalus en el Atar al-Bilad de al-Qazwīnī, Sevilla, Ediciones Alfar, 1990.

Bibliografia

A. H. de Oliveira MARQUES: «Sintra e Cascais na Idade Média», Novos Ensaios de História Medieval Portuguesa, Lisboa, Editorial Presença, 1988, pp. 144-153.

A. H. de Oliveira MARQUES: «O «Portugal» islâmico», em Joel Serrão e A. H. de Oliveira MARQUES (dir.), Nova História de Portugal, vol. II – Portugal das Invasões Germânicas à Reconquista, Lisboa, Editorial Presença, 1993, pp. 121-249.

A. H. de Oliveira MARQUES e João José Alves DIAS: Atlas Histórico de Portugal e do Ultramar Português, Lisboa, Centro de Estudos Históricos, 2003.

Adalberto ALVES: Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2013.

Adel SIDARUS e António REI: «Lisboa e seu termo segundo os geógrafos árabes», Arqueologia Medieval, 7 (2001), pp. 37-72.

André de OLIVEIRA-LEITÃO: O Povoamento no Baixo Vale do Tejo: entre a territorialização e a militarização (meados do século IX‐início do século XIV), Dissertação de mestrado inédita, Universidade de Lisboa, 2011.

António CARVALHO e Jorge FREIRE: «Cascais y la Ruta del Atlántico. El establecimiento de un puerto de abrigo en la costa de Cascais. Una primera propuesta», Roma y las Províncias: modelo y difusion. XI Coloquio Internacional de Arte Romano Provincial, vol. II, Badajoz, Consejería de Cultura y Turismo, 2011, pp. 727-738.

António REI: «Ocupação humana no alfoz de Lisboa durante o período islâmico (714‐1147)», A Nova Lisboa Medieval. Actas do I Encontro, Lisboa, Edições Colibri, 2001, pp. 25-42.

António REI: O Gharb al-Andalus al-Aqsâ na Geografia Árabe (séculos III h. / IX d.C. – XI h. / XVII d.C.), Lisboa, Instituto de Estudos Medievais, 2012.

A. H. de Oliveira MARQUES: «Para a História do Concelho de Cascais na Idade Média – I», Novos Ensaios de História Medieval Portuguesa, Lisboa, Editorial Presença, 1988, pp. 108-135.

Carlos CALLIXTO: «A Praça de Cascais e as Fortificações suas dependentes», Revista Militar, 5 (1978), pp. 321-343.

Catarina COELHO: «A ocupação islâmica do Castelo dos Mouros (Sintra): interpretação comparada», Revista Portuguesa de Arqueologia, 3:1 (2000), pp. 207-225.

Christophe PICARD: La mer et les Musulmans d’occident au Moyen Age (VIIIe - XIIIe siècle), Paris, Presses Universitaires de France, 1997.

Christophe PICARD: Le Portugal musulman (VIIIe - XIIIe siècle). L’Occident d’al-Andalus sous domination islamique, Paris, Maisonneuve et Larose, 2000.

Dolors BRAMON: El Mundo en el Siglo XII. Estudio de la versión castellana y del “Original” Árabe de una geografía universal: “El tratado de al-Zuhri”, Barcelona, Editorial Ausa, s.a.

Fátima ROLDÁN CASTRO: «Los Mayus. A proposito de un texto atribuido a al-Udri», Philologia hispalensis, 2 (1987), pp. 153-158.

Fernando Branco CORREIA: «A acção do poder político nas actividades portuárias e na navegação no ocidente islâmico. Alguns tópicos», em Jesús Angel Solórzano Telechea e Mário Viana (eds.), Economia e Instituições na Idade Média. Novas Abordagens, Ponta Delgada, Centro de Estudos Gaspar Frutuoso, 2013, pp. 11-38.

Fernando Branco CORREIA: «Fortificações de iniciativa omíada no Gharb al-Andalus nos séculos IX e X – hipóteses em torno da chegada dos Majus (entre Tejo e Mondego)», em Isabel Cristina F. Fernandes (coord.), Fortificações e Território na Península Ibérica e no Magreb (séculos VI a XVI), vol. I, Lisboa, Edições Colibri/Campo Arqueológico de Mértola, 2013, pp. 73-86.

Ferreira de ANDRADE: A Vila de Cascais e o Terremoto de 1755, 2.ª ed, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1964.

Ferreira de ANDRADE: Cascais – Vila da Corte. Oito Séculos de História, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1964.

Guilherme CARDOSO: «As cetárias da área urbana de Cascais», Setúbal Arqueológica, 13 (2006), pp. 145-150.

Guilherme CARDOSO: Carta Arqueológica do Concelho de Cascais, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1991.

Guilherme CARDOSO e João Pedro CABRAL: «Apontamentos sobre os vestígios do antigo castelo de Cascais», Arquivo de Cascais. Boletim Cultural do Município, 7 (1988), pp. 77-90.

Guilherme CARDOSO, Jorge MIRANDA e Carlos A. TEIXEIRA: Registo fotográfico de Alcabideche e alguns apontamentos histórico-administrativos, Alcabideche, Junta de Freguesia de Alcabideche, 2009.

Helena CATARINO: «Breve sinopse sobre topónimos Arrábida na costa portuguesa», em Francisco Franco Sánchez (ed.), La Rábita en el Islam. Estudios Interdisciplinares. Congressos Internacionals de Sant Carles de la Ràpita (1989, 1997), Sant Carles de la Ràpita/Alacant, Ajuntament de Sant Carles de la Ràpita/Universitat d’Alacant, 2004, pp. 263-274.

Hélio PIRES: Incursões Nórdicas no Ocidente Ibérico (844-1147): Fontes, História e Vestígios, Tese de doutoramento inédita, Universidade Nova de Lisboa, 2012.

J. Diogo CORREIA: Toponímia do concelho de Cascais, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1964.

João CABRAL e Guilherme CARDOSO: «Escavações arqueológicas junto à torre-porta do Castelo de Cascais», Arquivo Cultural de Cascais. Boletim Cultural do Município, 12 (1996), pp. 127-145.

João J. Alves DIAS: «Cascais e o seu termo na primeira metade do século XVI – aspectos demográficos», Arquivo de Cascais. Boletim Cultural do Município, 6 (1987), pp. 67-71.

João J. Alves DIAS: «Lisboa Medieval na Iconografia do século XVI», Ensaios de História Moderna, Lisboa, Editorial Presença, 1988, pp. 117-128.

Joaquim Manuel Ferreira BOIÇA, Maria de Fátima Rombouts de BARROS e Margarida de Magalhães RAMALHO: As Fortificações Marítimas da Costa de Cascais, Cascais, Quetzal, 2001.

Jorge de ALARCÃO: «Notas de Arqueologia, epigrafia e toponímia – V», Revista Portuguesa de Arqueologia, 11:1 (2008), pp. 103-121.

Jorge FREIRE: À Vista da Costa: a Paisagem Cultural Marítima de Cascais, Tese de mestrado inédita, Universidade Nova de Lisboa, 2012.

Jorge LIROLA DELGADO: El poder naval de al-Andalus en la época del califato omeya (siglo IV hégira/X era cristiana), Tesis doctoral inédita, vol. I., Universidad de Granada, 1991.

José Cardim RIBEIRO: «Felicitas Ivlia Olisipo. Algumas considerações em torno do catálogo Lisboa Subterrânea», sep. de Al-Madan, II:3 (1994), pp. 75-95.

José D’ENCARNAÇÃO: Cascais, paisagem com pessoas dentro, Cascais, Associação Cultural de Cascais, 2011.

José Pedro MACHADO: Sintra muçulmana. Vista de olhos sobre a sua toponímia arábica, Lisboa, Na Imprensa Mediniana, 1940.

Manuel A. P. LOURENÇO: As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1964.

Manuel A. P. LOURENÇO: «História de Cascais e do seu Concelho», A Nossa Terra, 42 (1953), pp. 8 e 19.

Manuel A. P. LOURENÇO: «História de Cascais e do seu Concelho», A Nossa Terra, 43 (1953), p. 10.

Manuel LOURENÇO: «História de Cascais e do seu Concelho», Jornal da Costa do Sol, 262 (1969), p. 19.

Marco Oliveira BORGES: «A defesa costeira do litoral de Sintra-Cascais durante o Garb al-Ândalus. I», História. Revista da FLUP, IV: 2 (2012), pp. 109-128.

Marco Oliveira BORGES: «A defesa costeira do litoral de Sintra-Cascais durante a Época Islâmica. II – Em torno do porto de Cascais», Paisagens e Poderes no Medievo Ibérico. Actas do I Encontro Ibérico de Jovens Investigadores em História Medieval. Arqueologia, História e Património, Braga, Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória», Universidade do Minho, 2014, pp. 409-441.

Marco Oliveira BORGES: «A torre defensiva que D. João II mandou construir em Cascais: novos elementos para o seu estudo», História. Revista da FLUP, IV:5 (2015), pp. 93-117.

Marco Oliveira BORGES: «Em torno da preparação do cerco de Lisboa (1147) e de uma possível estratégia marítima pensada por D. Afonso Henriques», História. Revista da FLUP, IV:3 (2013), pp. 123-144.

Marco Oliveira BORGES: O porto de Cascais durante a Expansão Quatrocentista. Apoio à navegação e defesa costeira, Dissertação de mestrado inédita, Universidade de Lisboa, 2012.

Marco Oliveira BORGES e Helena Condeço de CASTRO: «O navegador muçulmano Khashkhash e a possível ligação com o topónimo “Cascais”: problemas e possibilidades», Arquivo de Cascais, 14 (2015), pp. 3-25.

Margarida de Magalhães RAMALHO: «A defesa de Cascais», Monumentos. Cidades. Património. Reabilitação, 31 (2011), pp. 34-45.

Sérgio Luís CARVALHO: «Acerca das minas do Suímo (Belas), sua identificação com Ossumo e respectiva exploração pela Coroa na Idade Média», Arqueologia do Estado. 1.as Jornadas sobre formas de organização e exercício dos poderes na Europa do Sul, séculos XIII-XVIII, Lisboa, História e Crítica, 1988, pp. 465-473.

Published

2017-06-15

How to Cite

Aspects of militarization and coastal defence in the Garb al-Ândalus: the case of Cascais. (2017). Revista Universitaria De Historia Militar, 6(11), 172-196. https://doi.org/10.53351/ruhm.v6i11.246

Similar Articles

41-50 of 477

You may also start an advanced similarity search for this article.